segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

NO DIA DOS NAMORADOS - BRINDE AO AMOR















BRINDE AO AMOR



Na vida brindo ao amor


O sentimento perfeito


Que bate com tal vigor


Bem no fundo do meu peito



Bate fundo … compassado


Com o bater do coração


E vive preso ao passado


Num mundo de ilusão



Mundo de amor e saudade


Mundo já com muita idade


Que traz ao peito ardor



Passo na vida a sonhar


Meus sonhos de encantar …


Na vida … brindo ao amor!



Maria Zélia Gomes


14.02.2009


Dia dos Namorados

domingo, 8 de fevereiro de 2009

QUER DE INVERNO QUER DE VERÃO









QUER DE INVERNO QUER DE VERÃO

Maria Zélia Gomes




Quer de Inverno quer de Verão



Se o tormento bate à porta



Chora triste o coração



Sofre a alma contrição …



Está a vida tão torta




E a vida por mais que queira



Tem sempre uma maneira



De por cima a volta dar …



Cante-se um hino à alegria



Nasça da alma … poesia



Leve-se a vida … a sonhar!




08.02.2009


quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

PELA VIDRAÇA DA JANELA


PELA VIDRAÇA DA JANELA
Maria Zélia Gomes


Pela vidraça da janela

Corre a chuva sem cessar

A rua? Não posso vê-la

Nem sequer a minha estrela

Eu vou poder contemplar


Já é demais! … só chover

Que Inverno triste e sombrio

A neve … gosto de a ver

Mas está me a parecer

Que nunca mais “morre” o frio!

05.02.2009








A TUA POESIA





A TUA POESIA



A tua poesia é doce


Toque suave que trouxe


A luz para a escuridão …


E no raiar da alvorada


Quando dorme a madrugada


Desperta a ilusão …


A tua poesia é leve


Terna e alva como neve


Antevendo a Primavera …


Que seja a poesia … pura …


Portadora de ventura …


Não seja apenas … quimera!


É TEMPO DE AMAR







É TEMPO DE AMAR



É tempo de amar


Não de sofrer …


É tempo de sorrir


Não de chorar …


Amar é dar a vida


Por viver …


É cantar o silêncio


Sem saber …


Se o amor veio


Ao mundo …


Para amar!


FADO





FADO!



Bem no meio da noite se ouvia

Por vielas e ruas solitárias

Gemidos da guitarra que tangia

O fado cantado em notas várias!


O fado que está a encantar

Cantado em viva voz e bem sofrida

Vem de garganta forte e a vibrar

E narra uma vida mal vivida!


E vai-se ouvindo a canção dolente …

Paira o fumo do cigarro aceso …

Na sala onde alguém, cantando encanta …


Chora baixinho na noite silente

E nos corações está ainda preso

Fado triste que rompe da garganta!



Maria Zélia Gomes

TUDO ISTO É FADO ... E MAIS NADA!




TUDO ISTO É FADO E MAIS NADA!


"Três destinos e um fado"

Um fado assim cantado

Com sentimento e amor

Em voz de "tricana linda"

Duma doçura infinda

Mas repassada de dor


"À noite na Mouraria"

Há trovas e poesia

Na voz de uma cantadeira

Cantando o fado dolente

Chora o coração que sente

Morre a alma de canseira


Lá na "Travessa da Palha"

Ou na "Tasca do Careca"

Há fados à desgarrada

Louva-se a Deus… Ele nos valha

Bebe-se o vinho em caneca

Passa-se a noite encantada


"É tão bom ser pequenino"

"É o fado o meu destino"

Cantado com emoção

Já se canta “Carmencita”

A cigana mais bonita

Da "Rua do Capelão"


Canta a "Maria Severa"

E na "Travessa da Espera"

Ouve-se a “Rosa Enjeitada”

"No silêncio mais sombrio"

“Povo que lavas no rio”

"Tudo isto é fado" ...

E … mais nada!

Maria Zélia Gomes

04.02.2009

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

A MARCA DOS MEUS PASSOS





A MARCA DOS MEUS PASSOS …


Fiz-me ao mar nos teus braços …

E deixei ficar meus passos

Na areia fina da praia …
Meus pés ficaram marcados …

Ficaram frios … molhados …

Assim como a minha saia …
No bordo da minha saia

Ficou areia da praia

E no chão uns leves traços …
Veio o mar e apagou …

O que do passeio ficou …

Das marcas desses meus passos!


Maria Zélia Gomes

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

DÁ-ME O SOL-PÔR








DÁ - ME O SOL - PÔR!

Não me dês flores …

Dá-me ternura …

Não dês louvores …

Dá só ventura …

E se amanhã

Na vida vã

A noite escura

Vem insegura …

Traz um sorriso …

Como um aviso …

Traz coração …

Com devoção …

Dá-me esse amor

Abrasador …

E eu te darei

O meu carinho …

E bem baixinho …

Eu te direi

“Fica comigo …

Meu bom amigo…”

Não quero a flor …

Quero o sol-pôr!


Maria Zélia Gomes